sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Olho e espirito

Transcrevemos apenas o início de um texto de Merleau-Ponty que merece ser relido na sua totalidade:
«A ciência manipula as coisas e renuncia a habitá-las. Para si estabelece modelos internos das coisas e, operando sobre estes indices ou variáveis, as transformações permitidas pela sua definição só se confrontam de quando em quando com o mundo actual. Ela é, sempre foi, esse pensamento admiravelmente activo, engenhoso, desenvolto, essa opção de tratar qualquer ser como «objecto em geral», ou seja, ao mesmo tempo como se não fosse nada e se encontrasse, no entanto, predestinado para os nossos artificios...» Merleau-Ponty, O olho e o espirito, Lisboa, Editorial Vega, 2002.